BRASIL – Ministra da Cultura destaca importância da participação social na 4ª Conferência Nacional de Cultura para formulação de novas políticas.

A 4ª Conferência Nacional de Cultura, promovida pelo Ministério da Cultura, está em seu terceiro dia de debates nesta quarta-feira (6). Com a presença de gestores, trabalhadores da cultura e representantes do governo e da sociedade civil de todo o país, o evento tem como objetivo discutir as propostas que serão incluídas no próximo Plano Nacional de Cultura.

Segundo dados do Ministério da Cultura, o setor cultural no Brasil representa 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) e emprega mais de 7,5 milhões de pessoas. Durante a conferência, centenas de delegados se reúnem em salas temáticas para votar propostas relacionadas ao desenvolvimento de programas e projetos culturais, valorização dos profissionais, acesso a recursos, patrocínios e preservação da diversidade cultural do país.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou a importância da participação da sociedade na elaboração do novo plano nacional de cultura após mais de dez anos sem a realização de uma conferência nacional. Segundo ela, as conferências temáticas servem como um espaço para ouvir os anseios dos diversos setores envolvidos com a cultura.

Dentre os temas discutidos na conferência, o direito às artes e linguagens digitais ganhou destaque, com pedidos de garantia de fornecimento permanente de internet, popularização de softwares livres em ambientes gratuitos e editais de digitalização de acervos para preservação da cultura. Participantes também reivindicaram a volta dos telecentros e a continuidade dos Pontos de Cultura Viva.

No eixo da economia criativa, produtores culturais ressaltaram a necessidade de financiamento de projetos, profissionalização e acesso a mercados. Foi destacada a importância da formação dos produtores para entenderem os editais públicos de financiamento e aumentar a participação de novos talentos no setor.

Durante o evento, foram discutidas formas de formalização dos trabalhadores da cultura, com destaque para a necessidade de soluções para os motoristas de aplicativos. A conferência nacional se mostrou como um importante canal para debater os desafios enfrentados pelos trabalhadores do setor cultural e buscar soluções em conjunto.

A produtora cultural e diretora da Secretaria de Cultura de Salvador, Maylla Pita, defendeu a necessidade de estabelecer metas mais claras e objetivos mais abrangentes no Plano Nacional de Cultura. Ela ressaltou a importância da lei nacional Aldir Blanc e o fortalecimento da política nacional do Cultura Viva como parte integrante do desenvolvimento da economia criativa.

Em resumo, a 4ª Conferência Nacional de Cultura tem sido um espaço fundamental para a construção de propostas que visam fortalecer, valorizar e ampliar o setor cultural no Brasil, promovendo a inclusão e a diversidade cultural em todas as suas formas.

Botão Voltar ao topo