Segundo dados do Ministério da Cultura, o setor cultural no Brasil representa 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) e emprega mais de 7,5 milhões de pessoas. Durante a conferência, centenas de delegados se reúnem em salas temáticas para votar propostas relacionadas ao desenvolvimento de programas e projetos culturais, valorização dos profissionais, acesso a recursos, patrocínios e preservação da diversidade cultural do país.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou a importância da participação da sociedade na elaboração do novo plano nacional de cultura após mais de dez anos sem a realização de uma conferência nacional. Segundo ela, as conferências temáticas servem como um espaço para ouvir os anseios dos diversos setores envolvidos com a cultura.
Dentre os temas discutidos na conferência, o direito às artes e linguagens digitais ganhou destaque, com pedidos de garantia de fornecimento permanente de internet, popularização de softwares livres em ambientes gratuitos e editais de digitalização de acervos para preservação da cultura. Participantes também reivindicaram a volta dos telecentros e a continuidade dos Pontos de Cultura Viva.
No eixo da economia criativa, produtores culturais ressaltaram a necessidade de financiamento de projetos, profissionalização e acesso a mercados. Foi destacada a importância da formação dos produtores para entenderem os editais públicos de financiamento e aumentar a participação de novos talentos no setor.
Durante o evento, foram discutidas formas de formalização dos trabalhadores da cultura, com destaque para a necessidade de soluções para os motoristas de aplicativos. A conferência nacional se mostrou como um importante canal para debater os desafios enfrentados pelos trabalhadores do setor cultural e buscar soluções em conjunto.
A produtora cultural e diretora da Secretaria de Cultura de Salvador, Maylla Pita, defendeu a necessidade de estabelecer metas mais claras e objetivos mais abrangentes no Plano Nacional de Cultura. Ela ressaltou a importância da lei nacional Aldir Blanc e o fortalecimento da política nacional do Cultura Viva como parte integrante do desenvolvimento da economia criativa.
Em resumo, a 4ª Conferência Nacional de Cultura tem sido um espaço fundamental para a construção de propostas que visam fortalecer, valorizar e ampliar o setor cultural no Brasil, promovendo a inclusão e a diversidade cultural em todas as suas formas.