A representação que levou à multa foi apresentada pela coligação Brasil da Esperança, do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, esposo de Janja. Na ocasião, a influenciadora comparou a primeira-dama a Michele Bolsonaro, esposa do adversário Jair Bolsonaro, em declarações polêmicas.
Durante a campanha eleitoral, Bertolazzi afirmou que Janja abraçou Pablo Vittar e fumou maconha, enquanto Michele Bolsonaro representava os valores da direita, bondade e beleza. Além disso, a comentarista criticou artistas presentes em um evento de campanha de Janja, chamando-os de “maconhistas” em busca de dinheiro falso.
Para a maioria dos ministros do TSE, as declarações de Bertolazzi tinham o objetivo de influenciar o processo eleitoral e prejudicar o candidato Lula, o que resultou na aplicação da multa. O ministro Floriano de Azevedo Marques destacou que acusar alguém de ser usuário de maconha não representa uma crítica válida.
A ministra Cármen Lúcia ressaltou o tom sexista das declarações, apontando que o discurso de ódio contra mulheres é extremamente violento e desqualificador. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, também votou pela condenação, afirmando que as ofensas visavam desqualificar a primeira-dama para favorecer um candidato.
A influenciadora Pietra Bertolazzi não foi encontrada para comentar o caso. A decisão do TSE reforça a importância do combate à disseminação de informações falsas e discursos de ódio durante o processo eleitoral.
