A iniciativa tem como objetivo principal levantar fundos por meio de investimentos públicos e privados nos próximos quatro anos. O programa faz parte do Plano de Ação sobre a Bioeconomia e a Proteção das Florestas Tropicais, assinado pelos dois países durante o encontro.
Durante a reunião, Lula convocou outras nações a contribuírem para a preservação do bioma amazônico, destacando o compromisso do Brasil em acabar com o desmatamento até 2030. Macron, por sua vez, elogiou o governo brasileiro por sua atuação na proteção da Amazônia, ressaltando a importância do desenvolvimento sustentável para o futuro dos povos autóctones e da biodiversidade.
O programa conta com cinco pontos principais de condução, que incluem diálogo entre as administrações francesa e brasileira, parcerias técnicas e financeiras entre instituições bancárias, nomeação de coordenadores especiais para empresas inovadoras no campo da bioeconomia, acordo científico para o desenvolvimento de novos projetos de pesquisa, e criação de um eixo de pesquisa, investimento e compartilhamento de tecnologias.
Além disso, os líderes assinaram um documento intitulado “Brasil-França à ambição climática de Paris a Belém e além”, que visa fortalecer a cooperação em questões ambientais e promover o desenvolvimento sustentável na região amazônica.
A ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara, enfatizou que o encontro entre os presidentes representa um pacto pela vida, envolvendo diversos setores da sociedade na garantia de um futuro sustentável para as próximas gerações.
Outro destaque do evento foi o lançamento de uma coalizão para combater o greenwashing no mercado voluntário de carbono, bem como a intenção de finalizar as negociações sobre o Artigo 6 do Acordo de Paris até a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024.
A bioeconomia na Amazônia é vista como uma oportunidade de promover o desenvolvimento sustentável da região, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e a conservação da biodiversidade. Com projetos que visam a utilização racional de recursos naturais e a adoção de práticas sustentáveis, a bioeconomia pode trazer benefícios socioeconômicos e ambientais significativos para a região.
Em resumo, a parceria entre Brasil e França para investir na bioeconomia da Amazônia demonstra um compromisso conjunto em promover o desenvolvimento sustentável e a proteção ambiental, visando um futuro mais equilibrado para a região e suas comunidades.