O aumento da Dívida Pública Mobiliária (DPMFi) foi de 2,32%, passando de R$ 6,176 trilhões em janeiro para R$ 6,319 trilhões em fevereiro. Esse crescimento foi impulsionado pela emissão de R$ 90,75 bilhões em títulos a mais do que o resgate, principalmente em papéis corrigidos pela Taxa Selic, e pela apropriação de R$ 52,37 bilhões em juros.
O governo reconhece a correção dos juros dos títulos mensalmente através da apropriação de juros, o que contribui para o aumento do endividamento público. Em fevereiro, o Tesouro emitiu R$ 126 bilhões em títulos da DPMFi, o menor volume desde novembro do ano passado. Por outro lado, os resgates totalizaram R$ 35,25 bilhões, um valor significativamente menor do que o registrado em janeiro.
No mercado externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 0,84% devido à leve alta do dólar, passando de R$ 273,83 bilhões em janeiro para R$ 276,14 bilhões em fevereiro. O colchão da dívida pública, utilizado em momentos de turbulência, aumentou de R$ 813 bilhões em janeiro para R$ 885 bilhões em fevereiro, cobrindo 6,52 meses de vencimentos da dívida pública.
A média de prazo da DPF caiu para 4,07 anos em fevereiro, indicando a confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar seus compromissos. As instituições financeiras continuam sendo os principais detentores da dívida, seguidas pelos fundos de investimento e de pensão. A participação dos não residentes na dívida caiu levemente em fevereiro. A Dívida Pública Federal é uma forma do governo captar recursos dos investidores, comprometendo-se a devolver o montante com correção após determinado período.