Caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, o TEA pode envolver comportamentos repetitivos, interesses limitados e sensibilidade a estímulos sensoriais excessivos. Segundo o neuropsicólogo Mayck Hartwig, o autismo é visto hoje como um espectro com manifestações diferentes, com sinais mais ou menos evidentes em cada indivíduo.
Existem três níveis de manifestação do TEA, variando de suporte leve a elevado. A especialista Luciana Brites, coautora do livro “Mentes Únicas”, ressalta a importância do diagnóstico precoce, uma vez que os primeiros sinais do transtorno podem surgir a partir do segundo ano de vida.
No Brasil, a Lei Berenice Piana, de 2012, garante direitos aos autistas, como diagnóstico precoce, tratamento, terapias e acesso à educação pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, a recente Lei Romeo Mion institui a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), facilitando o acesso a serviços prioritários e estacionamento em vagas especiais.
A legislação brasileira reconhece o autismo como deficiência para todos os fins legais e prevê o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com TEA incapazes de se manter e com renda familiar per capita inferior a um quarto do salário mínimo.
O autismo é um tema que demanda conscientização e apoio contínuos da sociedade. A sensibilização sobre o transtorno e a disponibilização de políticas públicas eficazes são essenciais para garantir o bem-estar e a inclusão das pessoas com TEA em todos os aspectos da vida.