BRASIL – Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo: desmistificando o TEA e promovendo inclusão e acessibilidade para pessoas com espectro autista.

No Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado em 2 de abril, a Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca que uma em cada 100 crianças no mundo é afetada pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA). A data, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, visa disseminar informações sobre essa condição de neurodesenvolvimento e combater o preconceito enfrentado pelas pessoas com TEA.

Caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, o TEA pode envolver comportamentos repetitivos, interesses limitados e sensibilidade a estímulos sensoriais excessivos. Segundo o neuropsicólogo Mayck Hartwig, o autismo é visto hoje como um espectro com manifestações diferentes, com sinais mais ou menos evidentes em cada indivíduo.

Existem três níveis de manifestação do TEA, variando de suporte leve a elevado. A especialista Luciana Brites, coautora do livro “Mentes Únicas”, ressalta a importância do diagnóstico precoce, uma vez que os primeiros sinais do transtorno podem surgir a partir do segundo ano de vida.

No Brasil, a Lei Berenice Piana, de 2012, garante direitos aos autistas, como diagnóstico precoce, tratamento, terapias e acesso à educação pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, a recente Lei Romeo Mion institui a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), facilitando o acesso a serviços prioritários e estacionamento em vagas especiais.

A legislação brasileira reconhece o autismo como deficiência para todos os fins legais e prevê o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com TEA incapazes de se manter e com renda familiar per capita inferior a um quarto do salário mínimo.

O autismo é um tema que demanda conscientização e apoio contínuos da sociedade. A sensibilização sobre o transtorno e a disponibilização de políticas públicas eficazes são essenciais para garantir o bem-estar e a inclusão das pessoas com TEA em todos os aspectos da vida.

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