BRASIL – Presidente do Congresso Nacional exclui reoneração da folha de pagamento dos municípios brasileiros da MP 1.202/2023 em decisão fundamentada na separação dos Poderes.

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tomou uma decisão impactante nesta segunda-feira (1º) ao excluir a reoneração da folha de pagamento dos municípios brasileiros do texto da Medida Provisória (MP) 1.202/2023. Essa medida provisória, editada no final do ano passado, originalmente visava reonerar a folha de pagamento de 17 setores econômicos, dos municípios com até 156 mil habitantes, e acabar com os incentivos tributários do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O governo defendeu a necessidade da medida para alcançar a meta de déficit fiscal zero prevista para 2024.

Essa decisão de Pacheco ocorre em meio a um cenário de atritos com o governo em relação a essa questão. O Congresso Nacional havia derrubado um veto presidencial que impedia a desoneração desses impostos dos municípios e dos 17 setores econômicos. Após negociações, o governo editou uma nova MP em fevereiro deste ano, excluindo a reoneração dos setores econômicos, mas mantendo a dos municípios e as mudanças no Perse.

Pacheco argumentou que a edição de medidas provisórias não pode anular rapidamente uma decisão do Legislativo, ressaltando a importância do princípio da separação dos Poderes. Segundo ele, a reoneração dos impostos dos municípios entraria em vigor nesta terça-feira (2) se não fosse pela sua intervenção.

O senador destacou a necessidade de debater o tema por meio de projeto de lei, ressaltando que as MPs possuem efeitos imediatos, mas devem ser confirmadas pela Câmara e pelo Senado em até 120 dias. Ele ressaltou a importância da previsibilidade e segurança jurídica para todos os envolvidos no processo.

Portanto, a exclusão da reoneração dos municípios da MP 1.202/2023 representa uma reviravolta significativa nesse imbróglio político e fiscal, colocando em destaque a importância do debate e da busca por soluções justas e adequadas para a realidade do país.

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