Nísia Trindade destacou a importância da vacina única, que protegerá contra vários tipos de doenças e cânceres causados pelo HPV ao longo da vida. A ministra utilizou suas redes sociais para reforçar a importância da imunização e pediu que estados e municípios façam uma busca ativa por jovens com até 19 anos que ainda não tenham recebido nenhuma dose da vacina.
Em 2023, o Brasil aplicou 5,6 milhões de doses do imunizante, o que representa um aumento de 42% em relação a 2022. A decisão de utilizar uma única dose da vacina foi baseada em estudos científicos e segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A imunização no Brasil é recomendada para meninos e meninas de 9 a 14 anos, vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos que não foram imunizadas previamente, pessoas vivendo com HIV, transplantados de órgãos sólidos e medula óssea, e pacientes oncológicos de 9 a 45 anos.
Além da vacinação, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação de um teste para detecção de HPV no SUS. Isso permitirá a detecção do vírus e o rastreamento do câncer do colo do útero, com a possibilidade de realização do teste a cada cinco anos. Essa tecnologia foi considerada mais precisa do que os métodos atuais.
O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e o principal responsável pelo câncer de colo de útero. No Brasil, estima-se que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença anualmente. Apesar de prevenível, o câncer de colo de útero continua sendo um dos tipos mais comuns de câncer e uma das principais causas de morte por câncer em mulheres, especialmente as pertencentes a grupos vulneráveis.