Após o empate na votação, a desembargadora Claudia Cristina Cristofani solicitou mais tempo para analisar o processo, adiando o julgamento que será retomado na próxima segunda-feira (8).
Caso ocorra a cassação de Moro pelo TRE, ele não será obrigado a deixar imediatamente o cargo, uma vez que a sua defesa poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se a cassação for confirmada pelo TSE, novas eleições serão convocadas no Paraná para preencher a vaga do senador, que também ficará inelegível por oito anos.
O julgamento teve início na segunda-feira (1º), com o relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, se posicionando contra a cassação e a favor da rejeição das ações que acusam Moro de abuso de poder econômico nas eleições de 2022, período em que o senador ainda estava no Podemos.
De acordo com a acusação, Moro teria realizado gastos irregulares durante a pré-campanha à Presidência da República, favorecendo os demais candidatos ao cargo de senador. O Ministério Público Eleitoral (MPE) apontou gastos de aproximadamente R$ 2 milhões, o PL afirmou que foram gastos R$ 7 milhões, e o PT mencionou gastos de R$ 21 milhões.
Na visão do desembargador Sade, Moro teria se beneficiado eleitoralmente ao promover uma pré-campanha à presidência e posteriormente se candidatar ao Senado, desequilibrando a disputa com gastos superiores aos demais candidatos.
O julgamento segue para a votação dos demais magistrados, em meio a uma defesa por parte de Moro que nega irregularidades na pré-campanha e que busca a manutenção do seu mandato.
