A polêmica teve início após Bach participar de uma conversa com comediantes russos, acreditando que estava falando com um dirigente esportivo africano. Na ocasião, o presidente do COI mencionou que solicitou à Ucrânia informações sobre atletas e dirigentes russos, visando impedir a participação de competidores que tenham feito declarações políticas em apoio ao governo nos Jogos Olímpicos de Paris deste ano.
Para Zakharova, essa atitude configura uma “conspiração” entre o COI e a Ucrânia para prejudicar os atletas russos de destaque nos Jogos. A porta-voz ressaltou a necessidade de uma investigação aprofundada sobre o caso, enfatizando que Bach está comprometendo a credibilidade do esporte e do movimento olímpico.
As relações entre a Rússia e o COI se deterioraram significativamente durante a preparação para os Jogos de Paris, onde os atletas russos e bielorrussos competirão de forma neutra, sem direito a hastear suas bandeiras e entoar seus hinos. Eles também serão excluídos do desfile de abertura, como consequência das sanções impostas após a invasão da Ucrânia pela Rússia no início deste ano.
O COI classificou como inaceitável a postura da Rússia de sediar eventos esportivos com motivação política, violando os princípios da Carta Olímpica. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, criticou a postura de Bach em relação aos planos da Rússia, afirmando que o COI está prejudicando o movimento olímpico ao não se distanciar da política. O embate entre os dois lados evidencia a complexidade das relações no cenário esportivo internacional e coloca em xeque a imparcialidade do COI em questões de cunho político.
Por fim, a controvérsia em torno das declarações de Bach e da postura do COI reforça a necessidade de transparência e imparcialidade nas decisões que envolvem o esporte mundial, garantindo a integridade e o respeito aos valores olímpicos.