As acusações estão relacionadas aos gastos irregulares durante a pré-campanha nas eleições passadas, quando Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. Segundo a acusação, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador devido aos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro sair da sigla e se candidatar pelo partido União.
O relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, manifestou-se contra a cassação de Moro, argumentando que os valores citados como ilegais pelas partes do processo são divergentes e não há como afirmar que foram excessivos. Enquanto o PL apontou gastos irregulares de R$ 7 milhões e o PT mencionou R$ 21 milhões, o Ministério Público calculou um valor de R$ 2 milhões.
Na sessão de hoje, os votos dos desembargadores José Rodrigo Sade, Claudia Cristina Cristofani, Julio Jacob Junior, Anderson Ricardo Fogaça, Guilherme Frederico Hernandes Denz e Sigurd Roberto Bengtsson, presidente do tribunal, serão fundamentais para a decisão. Caso Moro seja cassado pelo TRE, sua defesa ainda poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se a cassação for confirmada pelo TSE, novas eleições serão convocadas no Paraná para preencher sua vaga no Senado, e Moro ficará inelegível por oito anos.
Na primeira sessão, a defesa de Moro defendeu a manutenção de seu mandato, negando qualquer irregularidade na pré-campanha. O advogado Gustavo Guedes afirmou que Moro não se elegeu no Paraná devido à suposta pré-campanha mais robusta, como alegaram as legendas acusadoras. A expectativa da sociedade paranaense está voltada para o desfecho desse julgamento, que pode ter impacto significativo na política do estado.