Essa revisão na projeção é realizada a cada três meses, e caso as estimativas se confirmem, o superávit comercial será 25,7% menor do que o registrado em 2023, que foi de US$ 98,9 bilhões – até agora o melhor resultado da história do país.
O motivo para a diminuição do saldo comercial está na previsão de queda nas exportações e aumento nas importações em comparação com o ano anterior. As exportações devem totalizar US$ 332,6 bilhões em 2024, uma queda de 2,1% em relação a 2023, enquanto as importações devem atingir US$ 259,1 bilhões, um acréscimo de 7,6% em relação ao ano anterior.
Comparando com a projeção divulgada em janeiro, houve uma diminuição de US$ 15,6 bilhões nas exportações e um aumento de US$ 5,3 bilhões nas importações. O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão, atribuiu essa revisão para baixo do superávit comercial à queda nos preços de algumas commodities, mesmo com um volume expressivo de embarques.
Brandão ressaltou que, apesar da revisão para baixo, este será o segundo ano consecutivo em que o Brasil terá um superávit comercial acima de US$ 70 bilhões, o que demonstra a força do comércio exterior brasileiro em meio a um cenário de volatilidade nos preços das mercadorias.