BRASIL – Vírus sincicial respiratório e influenza em alta no Brasil: entenda as diferenças e os riscos para cada faixa etária.

Recentemente, no Brasil, tem sido observado um aumento nos casos de vírus sincicial respiratório (VSR) e de influenza, com sintomas semelhantes que têm preocupado autoridades de saúde. Esses dois vírus, embora se comportem de forma semelhante, possuem particularidades que permitem distingui-los.

O VSR é mais comum em bebês pequenos, nos primeiros meses de vida, com alta prevalência nessa faixa etária. Estudos apontam que mais de 95% das crianças com até um ou dois anos de idade já foram expostas a esse vírus. A manifestação clássica do VSR é a bronquiolite, iniciando com febre e tosse e progredindo para insuficiência respiratória. Por outro lado, o vírus influenza tende a afetar mais crianças maiores, adolescentes e adultos jovens, geralmente provocando febre súbita, dores no corpo, tosse e coriza.

No caso de idosos, tanto o VSR quanto o vírus influenza podem ser problemáticos, apresentando sintomas semelhantes e sendo de difícil distinção. O risco dessas infecções é evidente, com o VSR sendo responsável por 80% das bronquiolites em bebês e um percentual significativo de pneumonias nessa faixa etária. Nas crianças maiores, adolescentes e adultos, a predominância é do vírus influenza e do Sars-Cov-2, causador da covid-19.

Para reduzir a incidência de doenças provocadas pelo VSR, duas estratégias foram destacadas: a vacinação da gestante para proteger o bebê ainda no útero e o uso de um anticorpo monoclonal, que protege o bebê com uma única dose por pelo menos cinco meses. Essas estratégias, já aprovadas pela Anvisa, demonstraram eficácia em outros países, com redução significativa das taxas de hospitalização.

A introdução dessas estratégias no Brasil dependerá de iniciativas do Ministério da Saúde, disponibilidade de doses, custo e outras avaliações relevantes. O pediatra Marco Aurélio Sáfadi ressalta a importância de debater e incorporar essas medidas para proteger as crianças brasileiras dessas doenças virais. Com base em estudos que comprovam a eficácia dessas medidas, a expectativa é de que em breve elas estejam disponíveis no país.

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