BRASIL – Ailton Krenak toma posse na Academia Brasileira de Letras como representante de 305 povos indígenas em cerimônia marcante.

Na tarde desta sexta-feira (5), o renomado ambientalista, filósofo e poeta Ailton Krenak foi empossado na Academia Brasileira de Letras, ocupando a Cadeira 5, que anteriormente pertencia ao saudoso historiador José Murilo de Carvalho, falecido em agosto de 2023. A solenidade de posse ocorreu na sede da organização localizada no Rio de Janeiro e contou com a presença ilustre de autoridades como os ministros dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e da Cultura, Margareth Menezes.

Diversos membros da ABL também marcaram presença no evento, incluindo Heloísa Teixeira, Arnaldo Niskier, Fernanda Montenegro e Antonio Carlos Secchin. As comissões formadas para conduzir a cerimônia foram compostas por figuras de destaque como Edmar Lisboa Bacha, Joaquim Falcão, Ruy Castro, Ana Maria Machado, Geraldo Carneiro e Antônio Torres.

Durante seu discurso de posse, Krenak enfatizou a importância da representatividade indígena no ambiente acadêmico e literário, expressando a pluralidade dos 305 povos aos quais ele se conecta e representa. Natural de Itabirinha, Minas Gerais, o intelectual de 68 anos possui uma extensa trajetória profissional, tendo atuado como ambientalista, filósofo, poeta, escritor e recebido o título de doutor honoris causa por diversas universidades renomadas.

Além de seu engajamento em questões socioambientais e de defesa dos direitos dos povos indígenas, Ailton Krenak se destaca também por sua atuação política, tendo sido assessor especial do governo de Minas Gerais entre os anos de 2003 e 2010. Com mais de 15 obras publicadas e traduzidas para diversos países, Krenak foi agraciado com o Prêmio Juca Pato de Intelectual do Ano em 2020.

Hoje, o poeta mora na Reserva Indígena Krenak, situada em Resplendor, Minas Gerais, continuando sua luta e seu ativismo em prol da preservação ambiental e da valorização das culturas indígenas. Sua posse na ABL representa não apenas um marco em sua carreira, mas também um avanço na representatividade e diversidade dentro do cenário literário brasileiro.

Botão Voltar ao topo