BRASIL – Depósitos superam saques na poupança em R$ 1,3 bilhão em março, aponta relatório do Banco Central

No último dia 5 de março, o Banco Central divulgou um relatório apontando que o saldo da aplicação na caderneta de poupança teve um aumento pela primeira vez no ano, com mais depósitos do que saques. O valor das entradas foi de R$ 1,3 bilhão, resultando em um total de R$ 975,8 bilhões na poupança.

No mês de março, foram realizados depósitos no valor de R$ 324,7 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 323,4 bilhões. Além disso, os rendimentos creditados foram de R$ 4,9 bilhões, contribuindo para o saldo positivo. Esses números representam uma mudança em relação aos meses anteriores, como em fevereiro e janeiro do mesmo ano, nos quais houve mais saques do que depósitos.

A saída líquida de recursos da poupança nos anos anteriores foi influenciada, em parte, pela alta da taxa Selic, que incentivou investimentos em outras modalidades com maior rendimento. Entre 2021 e 2022, o Copom aumentou a Selic por 12 vezes seguidas, o que impactou o comportamento dos consumidores em relação à caderneta de poupança.

Em contrapartida, os cortes consecutivos na taxa básica a partir de 2023 impulsionaram a retomada dos depósitos na poupança. A redução dos juros para 10,75% ao ano fez com que os brasileiros voltassem a considerar a poupança como uma opção de investimento.

Em 2020, a caderneta registrou uma captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões, influenciada pela instabilidade no mercado financeiro causada pela pandemia de covid-19 e pelo auxílio emergencial. Já 2021 e 2023 foram anos marcados por saídas líquidas da poupança, refletindo o cenário econômico e as mudanças na política monetária nacional.

Esses dados indicam a importância de acompanhar de perto as movimentações na caderneta de poupança e o impacto das decisões do Banco Central sobre o comportamento dos investidores.

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