No mês de março, foram realizados depósitos no valor de R$ 324,7 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 323,4 bilhões. Além disso, os rendimentos creditados foram de R$ 4,9 bilhões, contribuindo para o saldo positivo. Esses números representam uma mudança em relação aos meses anteriores, como em fevereiro e janeiro do mesmo ano, nos quais houve mais saques do que depósitos.
A saída líquida de recursos da poupança nos anos anteriores foi influenciada, em parte, pela alta da taxa Selic, que incentivou investimentos em outras modalidades com maior rendimento. Entre 2021 e 2022, o Copom aumentou a Selic por 12 vezes seguidas, o que impactou o comportamento dos consumidores em relação à caderneta de poupança.
Em contrapartida, os cortes consecutivos na taxa básica a partir de 2023 impulsionaram a retomada dos depósitos na poupança. A redução dos juros para 10,75% ao ano fez com que os brasileiros voltassem a considerar a poupança como uma opção de investimento.
Em 2020, a caderneta registrou uma captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões, influenciada pela instabilidade no mercado financeiro causada pela pandemia de covid-19 e pelo auxílio emergencial. Já 2021 e 2023 foram anos marcados por saídas líquidas da poupança, refletindo o cenário econômico e as mudanças na política monetária nacional.
Esses dados indicam a importância de acompanhar de perto as movimentações na caderneta de poupança e o impacto das decisões do Banco Central sobre o comportamento dos investidores.