Essa postura do governo equatoriano gerou uma crise nas relações diplomáticas entre México e Equador. O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, anunciou a imediata suspensão das relações entre os dois países. Segundo relatos de López Obrador, a ação da polícia equatoriana resultou na detenção do ex-vice-presidente equatoriano, Jorge David Glas Espinel, que buscava asilo político nas instalações da embaixada mexicana devido a perseguições e assédio. O presidente mexicano classificou o ocorrido como uma violação flagrante do direito internacional e da soberania mexicana.
Por outro lado, o governo equatoriano defende que a detenção de Jorge Glas Espinel se deu em respeito à soberania nacional e ao combate à impunidade. Segundo a nota pública divulgada pelo governo equatoriano, o ex-vice-presidente foi condenado à prisão pela Justiça equatoriana e não pode ser considerado um perseguido político. Além disso, enfatizaram a importância de manter a soberania nacional e reforçaram a intolerância com a impunidade, destacando que Equador é um país soberano que não permitirá a permanência de criminosos impunes em seu território.
A crise diplomática entre México e Equador reflete um contexto de tensão política e jurídica, onde a decisão do governo equatoriano de buscar e deter dentro de uma embaixada um cidadão considerado delinquente pelo governo local ultrapassa as fronteiras da diplomacia convencional. Neste cenário, a manifestação do governo brasileiro, em solidariedade ao governo mexicano, demonstra o compromisso com a defesa dos princípios internacionais e o respeito às normas vigentes no âmbito das relações diplomáticas entre os países.