A proibição da venda de álcool líquido com teor superior a 54 GL em estabelecimentos comerciais, em vigor desde 2002, visa reduzir a incidência de acidentes como o que vitimou Pedro Ernesto. No entanto, devido à demanda por álcool durante a pandemia de covid-19, essa medida foi temporariamente suspensa em 2020, com um prazo estabelecido para o seu retorno.
Os acidentes envolvendo queimaduras representam um problema de saúde pública, levando milhares de pessoas a serem hospitalizadas anualmente. O uso inadequado do álcool em situações como acendimento de churrasqueiras e fogueiras é apontado como um dos momentos de maior risco. A facilidade de propagação e combustão do álcool líquido pode resultar em lesões graves e profundas na pele, como as enfrentadas por Pedro Ernesto, que precisou de meses de tratamento e cirurgias para se recuperar.
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) contesta a proibição da venda de álcool líquido, argumentando que o produto é essencial para a higienização e sanitização de ambientes, sobretudo durante a pandemia. No entanto, Pedro Ernesto, que sentiu na pele as consequências da comercialização desse produto, defende a necessidade de restrições mais rígidas, devido ao seu potencial perigo.
Apesar de enfrentar uma jornada difícil e dolorosa, Pedro Ernesto hoje atua como bartender e enxerga sua experiência como um aprendizado valioso sobre a vida e a superação. Com um olhar positivo e resiliente, ele encara os desafios do presente com a sabedoria adquirida através de suas vivências passadas. A cicatriz física em seu corpo é reflexo de uma história de superação e aprendizado, onde a mensagem de otimismo recebida durante um momento de dor tornou-se sua força motriz para seguir em frente e encontrar a felicidade.