BRASIL – Professores da UnB aprovam greve a partir de segunda-feira (15) em assembleia com mais de 600 participantes.

Os professores da Universidade de Brasília (UnB) aprovaram em assembleia geral extraordinária a deflagração de uma greve a partir da próxima segunda-feira (15). A decisão foi tomada na tarde desta segunda-feira (8) com 257 votos favoráveis e 213 contrários, em uma assembleia que contou com a participação de cerca de 600 educadores. Além dos professores, representantes do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos (Sintfub) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UnB) também estiveram presentes e manifestaram seu apoio à greve docente.

Os docentes das universidades federais têm uma pauta nacional unificada que inclui o pedido de reajuste salarial de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% a serem aplicadas nos anos de 2024, 2025 e 2026. Por outro lado, o governo federal propõe um reajuste zero para este ano e dois reajustes de 4,5% nos anos seguintes.

Além do reajuste, os professores também exigem a equiparação dos benefícios e auxílios oferecidos aos servidores do Legislativo e do Judiciário. Mesmo com a greve, os serviços essenciais serão mantidos, conforme informado pela seção sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

A Reitoria da UnB emitiu uma nota respeitando o movimento de paralisação dos professores, afirmando que a greve é um direito constitucional garantido aos trabalhadores. A universidade se comprometeu a acompanhar as reivindicações dos docentes junto ao governo federal e a valorizar o papel estratégico dos professores e servidores técnicos-administrativos na excelência do ensino, pesquisa e extensão.

A adesão à greve nacional unificada está ganhando força em todo o país, com instituições como a UFRGS, UFPel e o Instituto Federal do Sul de Minas Gerais também aprovando a deflagração de greves. O Ministério da Educação destacou que está empenhado em buscar alternativas para valorizar os servidores da educação e que tem participado ativamente das negociações com as categorias. O governo federal concedeu um reajuste de 9% aos servidores públicos no ano passado e está comprometido com o diálogo franco e respeitoso com os profissionais da educação.

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