O principal objetivo da oficina foi dar o primeiro passo para o desenvolvimento do protocolo estadual de atenção à saúde dos povos indígenas. Dentre os temas abordados estavam a Humanização e Direitos Humanos da saúde aplicada, a Assistência na atenção primária da saúde dos povos indígenas, e a Jurisdição territorial para política indigenista. A importância da conscientização sobre a necessidade da humanização no atendimento e na saúde dos povos indígenas foi destacada durante o evento.
Segundo Mariana Cataldo, supervisora de Humanização da Saúde da Sesau, o diálogo realizado na oficina é essencial para atuar com a humanização de forma completa, levando em consideração não apenas os direitos humanos, mas também as características socioculturais dos povos indígenas. A criação do protocolo de atendimento aos povos indígenas contou com a participação da Superintendência de Valorização de Pessoas da Sesau (SUPVP) e da Gerência de Desenvolvimento e Educação em Saúde (GDES), visando adaptar os procedimentos de saúde tradicionais das comunidades indígenas à rede pública de saúde.
Maynamy Santana, superintendente de Políticas para os Povos Originários da Semudh, ressaltou a importância de considerar as especificidades e costumes dos povos indígenas na prestação de serviços de saúde. O advogado indígena Minamay, membro da Assessoria Jurídica da APOINME, destacou a importância do momento para fortalecer o entendimento sobre os povos indígenas e garantir a realização de um protocolo que atenda às suas necessidades.
No evento, também estiveram presentes representantes da saúde indígena, como Vailza Nascimento, técnica da Prevenção e Controle das Doenças e dos Agravos do Programa PASSI do DSEI-AL/SE, que enfatizou a importância de reconhecer a cultura, terra e ancestralidade dos povos indígenas. A oficina foi um marco importante para promover a humanização no atendimento à saúde dos povos indígenas e garantir o respeito aos seus direitos e tradições.