Segundo o presidente do Senado, a proposta de incluir projetos de infraestrutura como contrapartida surgiu a partir do governo mineiro, e visa atender as necessidades específicas de cada estado. Ele ressaltou que a contrapartida exigida pela União deve ser flexível para beneficiar a sociedade de forma mais eficaz. Pacheco defendeu que os estados que já investem em ensino profissionalizante não sejam obrigados a priorizar esse tipo de investimento, mas tenham a liberdade de optar por projetos de infraestrutura, caso seja mais vantajoso para a população.
Além disso, Pacheco sugeriu que a entrega de ativos estaduais, como ações de estatais locais, para amortizar a dívida com a União seja contabilizada em dobro para efeito de desconto. Essa medida poderia facilitar o processo de renegociação das dívidas dos estados. O presidente do Senado também fez uma analogia ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis), que permite às empresas privadas refinanciar débitos com descontos nas multas e juros.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que pretende enviar o projeto de renegociação da dívida dos estados até o final do mês, após retornar de uma viagem aos Estados Unidos. Haddad ressaltou a importância de encontrar soluções para as dívidas estaduais sem comprometer as finanças da União, garantindo um equilíbrio nas contas públicas. A proposta de renegociação visa beneficiar tanto os estados quanto a União, permitindo um acordo mutuamente vantajoso para ambas as partes.