Uma das áreas ocupadas, pertencente ao Campo Experimental de Caatinga da Embrapa, foi alvo de disputa. Enquanto a instituição afirma que o terreno de 1,5 mil hectares é destinado aos rebanhos de criação extensiva, o MST argumenta que a área é improdutiva. Esta já é a terceira vez que o movimento ocupa uma parte da Embrapa Seminário, em Petrolina.
Durante coletiva de imprensa para apresentar o novo programa Terra da Gente, que visa destinar terras para a reforma agrária, Teixeira afirmou que o governo atenderá as reivindicações do MST. Estão em andamento a transferência de recursos para a produção de sementes para agricultores familiares da região, o assentamento no perímetro irrigado e a abertura de um escritório do Incra a 600 quilômetros de Recife.
As ocupações promovidas pelo MST fazem parte do Abril Vermelho, uma série de ações que lembram o massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 1996 no Pará. Nesse episódio, 21 trabalhadores foram mortos durante uma marcha por reforma agrária. Até o momento, cerca de 30 ações foram realizadas em 11 estados, incluindo as 24 ocupações de terras.
O movimento de luta pela reforma agrária continua ativo e o governo se compromete a atender as demandas do MST em Pernambuco. Ações como estas mostram a importância da mobilização social para promover mudanças e garantir direitos aos trabalhadores rurais.