BRASIL – Professores do Cefet-RJ aderem à greve nacional a partir de 2 de maio, enquanto demais instituições federais do RJ ainda avaliam participação

Professores do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ) no Rio de Janeiro decidiram aderir à greve nacional da categoria, que teve início em 15 de abril, a partir do dia 2 de maio. Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-RJ), os demais professores de universidades e institutos federais ainda não aderiram ao movimento.

Na Universidade Federal Fluminense (UFF), os professores decidiram realizar uma paralisação de 24 horas na última segunda-feira para discutir a adesão à greve. Enquanto na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), os professores permanecem em estado de greve, avaliando as negociações em andamento com o governo federal.

A vice-presidente do Andes-RJ, Cláudia Piccinini, ressaltou a importância da mobilização dos professores para avançar não só na questão salarial, mas também na recomposição orçamentária das universidades públicas e institutos federais. Ela destacou a pauta do “revogaço”, que contesta portarias e resoluções do governo federal, especialmente dos governos Temer e Bolsonaro.

A greve nacional já conta com a adesão de profissionais de 17 instituições de ensino federal em todo o país, com outras três já paralisadas anteriormente. Cinco instituições estão se preparando para iniciar a greve nas próximas semanas, enquanto sete têm planos de paralisação sem data definida e oito decidiram manter o estado de greve.

O governo tem participado das negociações, mas até o momento não apresentou contrapropostas concretas. Os professores pedem um reajuste de 22,71% em três parcelas, a serem pagas até 2026. O Ministério da Educação destacou que está em busca de alternativas para valorizar os servidores da educação e tem participado de mesas de negociação com as categorias.

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), houve uma tentativa de evitar a greve com a campanha “Eu Amo a UFRJ”, apresentada ao assessor especial do presidente Lula, Celso Amorim. No entanto, a Associação de Docentes (ADUFRJ) destaca os problemas de infraestrutura causados pelos cortes de verbas desde 2015 e considera prematura a decisão do Andes nacional de iniciar a greve, ao invés de buscar outras alternativas de negociação.

A ADUFRJ defende a mobilização e o engajamento dos docentes e alunos, ao invés de uma paralisação total das atividades. A entidade busca ganhar apoio da sociedade e argumenta que a universidade precisa estar aberta para dialogar e resolver as questões internas. A situação sugere a necessidade de um debate amplo e inclusivo para garantir os direitos dos professores e a qualidade do ensino nas instituições federais de ensino.

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