BRASIL – Dólar cai pela primeira vez em cinco dias, enquanto Bolsa de Valores tem sexta queda consecutiva. Setor financeiro segue instável.

Nesta quarta-feira, o mercado financeiro brasileiro apresentou movimentações distintas, com o dólar encerrando em queda após cinco altas consecutivas, enquanto a bolsa de valores teve seu sexto dia seguido de declínio. O dólar comercial fechou o dia sendo vendido a R$ 5,243, com uma queda de R$ 0,026 (-0,5%). Esse movimento foi motivado por uma realização de lucros, no qual os investidores optaram por vender seus dólares para garantir os ganhos recentes obtidos. Em determinado momento do dia, a moeda norte-americana chegou a atingir a mínima de R$ 5,22.

Apesar da redução do dólar, a bolsa de valores não conseguiu se recuperar. O Ibovespa, principal índice da B3, fechou aos 124.171 pontos, registrando uma queda de 0,17%. Esse é o menor nível atingido desde novembro do ano passado. Tanto fatores internos quanto externos influenciaram essas movimentações no mercado. Internacionalmente, o dólar caiu em todo o mundo, com investidores realizando lucros e as taxas dos títulos do Tesouro americano diminuindo após uma sequência de altas.

No cenário nacional, a possível redução do ritmo de queda da Taxa Selic impactou negativamente a bolsa de valores. Durante uma viagem aos Estados Unidos, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que uma “desancoragem” da política monetária em relação à política fiscal poderia resultar em uma diminuição dos cortes na taxa de juros básicos. Essa declaração vem após o governo alterar as metas fiscais para 2025 e 2026, mantendo o déficit primário zero para este ano, em vez de estabelecer um superávit de 0,5% para o próximo.

Com essas movimentações, o dólar acumula uma alta de 4,55% em abril e de 8,04% no ano. As incertezas econômicas tanto internas quanto externas continuam a impactar o mercado financeiro, gerando uma instabilidade que os investidores buscam entender e utilizar ao seu favor. A tendência é que esses movimentos sejam continuamente monitorados pelos agentes econômicos, uma vez que podem influenciar as tomadas de decisão e o comportamento dos mercados nos próximos dias.

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