BRASIL – Justiça de SP transforma alvos da Operação Fim da Linha em réus por esquema de lavagem de dinheiro no transporte público

A Justiça de São Paulo deu um importante passo no combate ao crime ao aceitar a denúncia feita pelo Ministério Público e transformar 19 alvos da Operação Fim da Linha em réus. Essas pessoas serão julgadas por supostamente terem participado de um esquema de lavagem de dinheiro utilizado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no transporte público da capital paulista através de duas empresas de ônibus, a Upbus e a Transwolff.

Os réus estão sendo acusados de organização criminosa, lavagem de capitais, extorsão e apropriação indébita. Por questões de sigilo, os nomes dos envolvidos não foram divulgados nem pelo Ministério Público, nem pela Justiça.

A Operação Fim da Linha, realizada na semana passada, resultou na prisão de sete pessoas, sendo que uma delas foi detida ontem, na Operação Muditia. Durante a ação, foram apreendidas 11 armas, 813 munições diversas, R$ 161 mil em dinheiro, além de computadores, HDs, pen drives, dólares e barras de ouro.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, entre os anos de 2014 e 2024, uma pessoa envolvida com o tráfico de drogas do PCC e outro indivíduo teriam injetado mais de R$ 20 milhões de recursos ilícitos em uma cooperativa de transporte público da zona leste de São Paulo, que posteriormente se transformou na UpBus. Essas duas pessoas faziam parte do quadro societário da empresa.

Já na Transwolff, entre os anos de 2008 e 2023, dez pessoas teriam utilizado o grupo econômico Transwolff/Cooperpam para cometer crimes como apropriação indébita, extorsão, lavagem de dinheiro e fraudes licitatórias. Eles teriam lavado cerca de R$ 54 milhões de dinheiro ilícito, proveniente principalmente do tráfico de drogas, utilizando a empresa de transporte como fachada.

Diante deste cenário, as empresas foram alvo de intervenção do município. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, decretou em edição extraordinária no Diário Oficial a intervenção, informando que a prefeitura assumiria o controle das linhas através da SPTrans. Esta medida foi tomada como forma de combater os crimes e garantir a integridade do sistema de transporte público da cidade.

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