Especialistas ouvidos pela imprensa destacam que a exploração e agressão aos idosos no Brasil têm aumentado nos últimos anos. Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos mostram um crescimento significativo no número de denúncias de violações contra pessoas com 60 anos ou mais. Negligência, exposição de risco à saúde, tortura psíquica, maus-tratos e violência patrimonial são algumas das formas de abuso mais comuns relatadas este ano.
Segundo Sandra Rabello, coordenadora de projetos de extensão do Núcleo de Envelhecimento Humano da Uerj e presidente do Departamento de Gerontologia da SBGG, a falta de conhecimento e preparo por parte dos familiares ao cuidar de idosos fragilizados pode levar a situações de exploração e violência. Além disso, as condições socioeconômicas precárias e a exaustão dos cuidadores também contribuem para esses casos.
Para prevenir essas violências, especialistas como Fatima Henriette de Miranda e Silva, presidente da Comissão de Atendimento à Pessoa Idosa da OAB-RJ, defendem a importância de investir em educação e conscientização sobre os direitos dos idosos, promover o diálogo e o apoio dentro das famílias, e oferecer serviços de assistência social e psicológica para os idosos em situação de vulnerabilidade.
Quando a violência ocorre, é fundamental que as testemunhas denunciem imediatamente às autoridades competentes, como delegacias especializadas em proteção do idoso, o Ministério Público ou o Disque 100. O canal funciona 24 horas por dia, nos 7 dias da semana, e registra denúncias de violações, dissemina informações e orienta a sociedade sobre a política de direitos humanos.
Portanto, é essencial que a sociedade e os órgãos públicos estejam atentos à proteção dos idosos e tomem medidas concretas para combater a violência e a exploração contra essa população vulnerável. A conscientização e a denúncia são ferramentas fundamentais para garantir a segurança e o bem-estar dos idosos em nosso país.
