Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como e-cigarettes, tornaram-se populares, apesar da proibição no Brasil. Eles evoluíram desde a sua criação em 2003, indo de produtos descartáveis a dispositivos recarregáveis com líquidos contendo nicotina, propilenoglicol e glicerina. A Anvisa abriu uma consulta pública em dezembro para discutir o assunto e recebeu mais de 7.600 contribuições antes de encerrar em fevereiro.
Apesar de serem promovidos como uma alternativa menos prejudicial ao tabagismo tradicional, os cigarros eletrônicos têm sido associados a riscos para a saúde. A Associação Médica Brasileira alerta que a maioria desses dispositivos contém nicotina, substância viciante que pode levar a problemas de saúde. Um surto de doença pulmonar ligado ao uso de cigarros eletrônicos nos EUA resultou em quase 3 mil casos e 68 mortes.
No Congresso Nacional, um projeto de lei está em tramitação para permitir a produção e consumo de cigarros eletrônicos no Brasil, enquanto dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar mostram que uma parcela significativa de jovens brasileiros já experimentou esses dispositivos. O Brasil é reconhecido internacionalmente por suas políticas de controle do tabagismo e busca proteger a população das doenças associadas ao fumo.
Portanto, a discussão em torno dos cigarros eletrônicos no Brasil continua gerando debates e polêmicas, enquanto autoridades e especialistas avaliam os potenciais impactos na saúde pública e no tabagismo entre os jovens. O tema promete seguir em destaque nos cenários político e de saúde do país.