BRASIL – Presidente do Equador busca apoio popular em referendo para medidas de segurança enquanto enfrenta crise energética e oposição.

O presidente equatoriano, Daniel Noboa, está prestes a sair vitorioso no referendo que acontecerá neste domingo (21), o qual busca o apoio dos eleitores para implementar novas medidas de segurança com o objetivo de combater a escalada de violência no país. Este cenário positivo, no entanto, pode ser ameaçado pelos recentes cortes de energia, que estão gerando incômodo na população e podem influenciar no resultado do voto “sim”.

Nos últimos anos, as gangues envolvidas no contrabando de cocaína têm se expandido por toda a América Latina, transformando nações historicamente pacíficas, como o Equador, em territórios dominados pelos cartéis. A violência atingiu um ponto crítico em janeiro, quando homens armados invadiram uma transmissão de televisão ao vivo e funcionários de prisões foram feitos reféns.

As propostas em pauta no referendo abrangem questões de segurança, tais como a autorização para que os militares patrulhem em conjunto com a polícia, a extradição de criminosos acusados e o aumento das penas para crimes como terrorismo e assassinato, entre outras medidas. Cinco dessas propostas alterariam a Constituição se aprovadas.

Pesquisas recentes indicam que os eleitores estão tendendo a apoiar Noboa nas votações. No entanto, os cortes diários de energia, decretados pelo presidente em meio à crise energética, estão prejudicando sua imagem, podendo impactar nas decisões dos cidadãos.

O presidente justificou os cortes de energia devido aos baixos níveis dos reservatórios, decorrentes de um agressivo fenômeno climático El Niño. A maior parte da energia do Equador é proveniente de hidrelétricas.

Além das medidas de segurança, o referendo também contempla mudanças econômicas, como a possibilidade de contratar trabalhadores por hora. Essa proposta, segundo opositores, favoreceria os ricos e empresas internacionais.

Investidores têm apoiado a postura de Noboa em relação à segurança, visto que a volatilidade do mercado está diretamente ligada à violência no país. Eles veem o presidente como capaz de enfrentar esses desafios e, possivelmente, se reeleger em 2025.

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