BRASIL – Exposição no Ministério da Saúde celebra legado de mulheres da saúde, incluindo a sambista e enfermeira Dona Ivone Lara.

Na última terça-feira (23), o Ministério da Saúde, em Brasília, abriu as portas para a inauguração da exposição “Dona Ivone Lara e Mulheres da Saúde”, uma homenagem às trajetórias femininas que contribuíram significativamente para a construção da saúde pública no Brasil. O evento teve como destaque o lançamento do Espaço Cultural Dona Ivone Lara, em honra à sambista carioca, enfermeira e antiga servidora do ministério.

A exposição foi organizada de forma a relembrar a vida e o legado de Dona Ivone Lara, destacando sua atuação tanto na área da saúde quanto no universo musical. A estrutura da exposição foi pensada como um desfile de escola de samba, trazendo à tona as origens e a influência familiar de Ivone Lara, com foco em suas composições, parcerias e participações na Império Serrano, escola de samba do Rio de Janeiro. A sambista dedicou parte significativa de sua vida à defesa de tratamentos humanizados nos serviços psiquiátricos.

Além de Dona Ivone Lara, outras 10 mulheres negras, brancas e indígenas foram homenageadas na exposição, reconhecidas por suas contribuições para a história da saúde pública brasileira. Dentre as homenageadas, destacam-se as enfermeiras Wanda Horta, Roseni Rosangela de Sena, Anna Nery, Simone Maria Leite Batista, Isabel dos Santos, e a médica Fátima Oliveira.

A mostra terá uma segunda etapa em maio, que celebrará a trajetória de mulheres vivas e atuantes no cenário da saúde pública. Dona Ivone Lara, primeira mulher brasileira a assinar um samba-enredo, foi enfermeira e servidora do Ministério da Saúde por 37 anos, onde se especializou como terapeuta ocupacional e foi uma defensora da humanização dos tratamentos psiquiátricos. Sua abordagem musical inovadora no Instituto de Psiquiatria do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, marcou sua trajetória.

Em 13 de abril, comemora-se o Dia Nacional da Mulher Sambista, data que também marca o nascimento de Ivone Lara da Costa, falecida em 2018 aos 96 anos. A exposição é uma forma de eternizar e reconhecer o trabalho dessas mulheres que, com dedicação e talento, deixaram suas marcas na história da saúde pública e da música brasileira.

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