Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula enfatizou a importância de os setores progressistas se organizarem e se prepararem diante do atual cenário político. Ele mencionou que já discutiu a iniciativa com os presidentes da Espanha, Pedro Sánchez, e da França, Emmanuel Macron.
O ex-presidente também alertou para casos de violência e intolerância que têm sido observados no Brasil, ressaltando a ascensão de um sentimento de ódio que antes não era tão presente no país. Lula destacou que movimentos semelhantes estão ocorrendo em países da Europa e nos Estados Unidos, especialmente após a invasão ao Capitólio por apoiadores de Donald Trump.
Lula enfatizou a importância de fortalecer as instituições democráticas e combater o avanço da extrema-direita, que tem promovido a xenofobia, o racismo e a perseguição de minorias. Ele mencionou que, antigamente, a América do Sul era majoritariamente governada por líderes comprometidos com a esquerda e a justiça social, mas hoje enfrenta retrocessos devido ao crescimento dessas ideologias extremistas.
Além disso, Lula aproveitou para comentar sobre as relações do Brasil com países sul-americanos, como a Argentina. Ele mencionou a visita da chanceler argentina, Diana Mondino, ao Brasil, e a possibilidade de um encontro com o presidente Javier Milei. No entanto, Lula afirmou que ainda não teve acesso ao conteúdo da carta enviada pelo argentino ao chanceler brasileiro.
Diante desse contexto, o ex-presidente busca utilizar os laços diplomáticos do Brasil para promover discussões e ações políticas eficazes na luta contra o avanço da extrema-direita e na defesa dos valores democráticos e progressistas.
