BRASIL – Deputada Rosângela Reis pede para ser excluída da lista tríplice para relatar caso de Chiquinho Brazão no Conselho de Ética

Na última quarta-feira (24), a deputada federal Rosângela Reis (PL-MG) surpreendeu ao solicitar sua exclusão da lista tríplice sorteada para relatar a representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra o parlamentar Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). Brazão é acusado de ser o mandante do brutal assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

Com a saída de Rosângela Reis, o Conselho de Ética realizou um novo sorteio e o deputado Jorge Solla (PT-BA) foi o escolhido para assumir a relatoria do caso. Vale ressaltar que a deputada foi a quarta autoridade a desistir de relatar o processo que pode resultar na cassação do mandato de Chiquinho Brazão. Nas últimas sessões do conselho, os três primeiros parlamentares sorteados também optaram por não assumir a relatoria.

O presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União-BA), será responsável por escolher o relator definitivo entre os deputados Joseildo Ramos (PT-BA), Jorge Solla (PT-BA) e Jack Rocha (PT-ES). A definição do relator está prevista para próxima sessão, ainda sem data estabelecida.

Interessante notar que a deputada Rosângela Reis, que abriu mão de relatar o caso, votou a favor da libertação de Chiquinho Brazão em votação na Câmara dos Deputados. A parlamentar não explicou os motivos de sua desistência e a reportagem não obteve retorno da assessoria de Rosângela.

Em outro momento da sessão do Conselho de Ética, Chiquinho Brazão teve a oportunidade de se pronunciar sobre as acusações que enfrenta. O deputado afirmou ser inocente e ressaltou a importância de sua família em meio à situação. Brazão reforçou sua convicção na própria inocência e expressou a confiança de que provará sua ausência de envolvimento no caso.

A investigação sobre o assassinato de Marielle Franco aponta para questões fundiárias envolvendo milícias no Rio de Janeiro. Segundo relatório da Polícia Federal, o crime teria sido motivado por desavenças políticas relacionadas a um projeto de lei na Câmara Municipal da cidade. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ressaltou a importância da investigação da PF no esclarecimento dos fatos.

Com um desenrolar cada vez mais complexo, o caso continua a chamar a atenção da opinião pública e segue em destaque nos debates políticos do país. A nomeação de um novo relator traz um novo capítulo à investigação, que visa esclarecer os trágicos eventos que abalaram a sociedade brasileira em 2018.

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