Esse cenário preocupa os especialistas, pois a substituição de alimentos saudáveis por ultraprocessados tem se tornado cada vez mais comum. Esses produtos, que contêm aditivos químicos, representam um risco à saúde se consumidos com frequência. Órgãos como o Conselho Nacional de Saúde (CNS) defendem o aumento da carga tributária sobre os ultraprocessados como forma de desencorajar o consumo desses itens.
Além disso, a má alimentação está diretamente relacionada ao sobrepeso, à obesidade e ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como câncer, diabetes e problemas cardiovasculares e respiratórios. Para combater essa realidade, os pesquisadores sugerem o estímulo à produção de alimentos saudáveis localmente, reduzindo custos de transporte e comercialização. A implementação de circuitos curtos de comercialização pode facilitar a venda direta dos alimentos produzidos pelos agricultores locais aos consumidores das cidades.
Estimativas do Instituto Escolhas mostram que regiões metropolitanas como São Paulo, Belém, Curitiba, Rio de Janeiro e Recife teriam potencial para abastecer milhões de pessoas com legumes e verduras todos os anos, caso houvesse incentivo para iniciativas nesse sentido. Essa abordagem poderia contribuir significativamente para melhorar a alimentação e a saúde da população urbana.