Segundo as investigações, Severina e uma vizinha, Kecia da Silva, grávida de 8 meses, foram atingidas enquanto estavam em um bar, na Rua Joaquim Pizarro, apenas tomando café. Kecia, felizmente, sobreviveu ao ser atingida por estilhaços e foi encaminhada ao hospital, onde se recuperou por completo. O bebê que ela carregava também não sofreu danos.
O promotor de Justiça responsável pelo caso, Alexandre Themístocles, ressaltou em sua denúncia que o acusado, identificado como Wesley Pereira de Lima Nascimento e lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Turano, agiu de forma arbitrária e desproporcional. O policial teria utilizado seu fuzil para efetuar disparos pela janela da viatura, sem qualquer justificativa de risco iminente à vida dos policiais ou de terceiros. Posteriormente, ainda desembarcou do veículo e continuou atirando na mesma direção, colocando em perigo a vida dos moradores da comunidade.
Diante dos graves acontecimentos, a promotoria solicitou ao Juízo a suspensão do exercício da função policial militar pelo acusado. O promotor Themístocles também ressaltou que o autor dos disparos estava ciente da presença de civis na região e das consequências que poderiam surgir devido ao uso inadequado e desnecessário de armas de fogo.
O caso agora será analisado pelo IV Tribunal do Júri da Capital, onde será decidido o futuro do policial militar acusado do homicídio de Severina da Silva Nunes. Os familiares da vítima e a comunidade do Turano aguardam por justiça e por medidas que possam evitar que tragédias como essa se repitam no futuro.