Apesar da riqueza e biodiversidade que caracterizam a Caatinga, o bioma enfrenta desafios decorrentes das mudanças climáticas, como processos mais intensos de seca e desertificação. Em resposta a esses desafios, o IMA tem desempenhado um papel fundamental na implementação de políticas e ações de conservação e preservação da Caatinga.
A assessora ambiental de clima do IMA, Gabriela Cota, explicou que a recuperação das condições ambientais ideais para o desenvolvimento das espécies após eventos climáticos extremos pode ser um processo lento, especialmente em áreas vulneráveis como a Caatinga. A resiliência do bioma, ou seja, sua capacidade de se recuperar diante de perturbações ambientais, também é afetada pela frequência e intensidade crescentes desses eventos.
Além disso, Gabriela ressalta que os eventos climáticos extremos que assolam a Caatinga alagoana não estão apenas relacionados à seca. A previsão de chuvas acima da média para o segundo semestre de 2024 no Nordeste, devido à chegada do La Niña, indica a necessidade de cuidados com desastres geohidrológicos como inundações e alagamentos nos municípios abarcados pela Caatinga alagoana.
O IMA tem desenvolvido ações importantes para a conservação da Caatinga, incluindo o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PROPSA) e a criação de Unidades de Conservação. Desde 2015, o estado de Alagoas avançou significativamente na criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), contribuindo para a preservação deste importante ecossistema.
A Semana da Caatinga promovida pelo IMA, com palestras e ações de conscientização nos municípios de Delmiro Gouveia e Água Branca, demonstra o compromisso do instituto em disseminar informações e promover a preservação desse bioma único e biodiverso. Garantir a preservação da Caatinga é essencial para a sustentabilidade ambiental e o bem-estar das comunidades locais.