As acusações contra o motorista do Porsche são graves e incluem homicídio doloso qualificado, com pena que pode variar de 12 a 30 anos de reclusão, e lesão corporal gravíssima, podendo elevar ainda mais a totalidade da penalidade em até um sexto. O inquérito policial concluído na semana passada solicitava a prisão preventiva do empresário, que foi indiciado por homicídio por dolo eventual, lesão corporal e fuga do local do acidente. Até mesmo a mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, foi indiciada por fugir do local do acidente.
A promotora Monique Ratton, responsável pelo caso, manifestou-se a favor da decretação da prisão preventiva de Fernando para evitar qualquer tipo de influência sobre as testemunhas envolvidas no caso. O trágico acidente ocorreu no último dia de março, na movimentada Avenida Salim Farah Maluf, situada na zona leste da capital paulista. De acordo com as investigações, o Porsche estava em alta velocidade antes de colidir com o veículo Reanult Sandero, conduzido por Ornaldo.
As apurações revelaram que momentos antes do acidente, Fernando estava junto com Marcus Vinícius e suas respectivas namoradas em um restaurante e uma casa de jogos, onde teriam consumido bebida alcoólica. Infelizmente, no momento do acidente não foi possível realizar o teste do bafômetro devido à intervenção da mãe de Fernando, que o retirou do local alegando levá-lo ao hospital. Conforme o Ministério Público, o empresário só se apresentou à autoridade policial após 36 horas da colisão.
A promotora responsável pelo caso ressalta que o motorista do Porsche assumiu o risco do acidente ao dirigir sob influência de álcool e em alta velocidade, acima de 150 km/h. O desfecho desse trágico episódio aguarda agora as próximas decisões da Justiça.