Ayres, que liderou a sessão, começou tecendo duras críticas à gestão da capital alagoana. Para o deputado, a política pública em Maceió não pode ser improvisada, e é essencial pensar de forma estruturada e planejada. Ele destacou a questão da mobilidade urbana, citando o congestionamento crônico na Fernandes Lima e na orla da cidade, especialmente durante períodos de pico como o Natal e o Ano Novo.
Uma das soluções apontadas por Ayres foi o aumento do poder aquisitivo da população, para reduzir a superlotação nos ônibus. Ele enfatizou a necessidade de incentivos e programas habitacionais para os trabalhadores do comércio, visando melhorar sua qualidade de vida e produtividade.
Além disso, Ayres criticou soluções pontuais, como a instalação de um VLT até um shopping, e ressaltou a importância de pensar em medidas abrangentes que impactem positivamente toda a região metropolitana. Ele também abordou os impactos da destruição do solo em cinco bairros devido à ação da Braskem, levando a um aumento no êxodo de moradores e desafios em relação ao planejamento urbano.
A palestra ministrada por Regina Dulce Lins, professora da Ufal e coordenadora do PDUI, destacou a importância do debate aberto e colaborativo sobre os resultados e propostas do plano. Lins ressaltou a abrangência do PDUI, abordando temas como habitação, saneamento, mobilidade urbana e meio ambiente, com o foco na melhoria da qualidade de vida da população.
Durante a sessão, o deputado Lelo Maia e a secretária da Seplag, Paula Dantas, também manifestaram suas preocupações e apontaram a necessidade de um diálogo amplo e efetivo entre os diversos atores envolvidos no planejamento urbano. A reunião contou ainda com a presença do prefeito de Marechal Deodoro, Cacau, e do promotor de justiça Jorge Doria, reforçando a importância do debate e da colaboração para o desenvolvimento integrado da região metropolitana de Maceió.
