Questionada sobre as razões por trás desse aumento, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) explicou em nota que tem investido constantemente na capacitação dos policiais, na aquisição de equipamentos de menor potencial ofensivo e na implementação de políticas públicas voltadas para a redução da letalidade policial. Além disso, a SSP destaca a atualização contínua dos programas de formação do efetivo, a designação de comissões especializadas para analisar e aprimorar os procedimentos, bem como revisar os treinamentos e a estrutura das investigações.
A instituição ressalta ainda que as forças de segurança do estado atuam dentro dos limites de seu dever constitucional, seguindo protocolos operacionais rigorosos. Segundo a SSP, as Mortes Decorrentes de Intervenção Policial (MDIP) são consequência da reação de criminosos contra a ação policial, enfatizando que a decisão pelo confronto parte sempre do suspeito, colocando em risco tanto a vida dos policiais quanto a da população em geral.
Todas as ocorrências envolvendo mortes decorrentes de intervenção policial são rigorosamente investigadas pelas polícias Civil e Militar, com acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário, além das Corregedorias estarem disponíveis para apurar quaisquer denúncias contra os agentes.
As operações policiais na Baixada Santista, como as Operações Escudo e Verão, foram destaque devido aos números expressivos de mortes. No ano passado, a Operação Escudo resultou na morte de 28 pessoas em 40 dias, enquanto a Operação Verão deste ano já contabiliza 56 mortes desde fevereiro. No entanto, levantamentos feitos pelo Instituto Sou da Paz apontam que tais operações não contribuíram para a redução da criminalidade violenta na região e ainda colocaram em risco a vida dos policiais e violaram os direitos das populações periféricas.