Com 73 anos de idade, Del Bosque possui um currículo invejável no mundo do futebol. Ele foi o responsável por conduzir a Espanha às vitórias na Copa do Mundo de 2010 e na Eurocopa de 2012, além de ter levado o Real Madrid ao triunfo na Liga dos Campeões em 2000 e 2002. Sua nomeação para liderar o comitê especial criado recentemente pelo governo representa uma tentativa de trazer estabilidade e transparência à RFEF, que tem enfrentado escândalos nos últimos tempos.
A RFEF esteve envolvida em diversos problemas, como investigações de corrupção e polêmicas envolvendo seu ex-presidente Luis Rubiales. O beijo que ele deu na jogadora Jenni Hermoso durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo feminina em Sydney no ano passado gerou repercussão negativa. Diante desse cenário, o governo busca solucionar os conflitos internos na federação enquanto se prepara para sediar a Copa do Mundo de 2030.
Tanto a Fifa quanto a Uefa expressaram preocupação com a situação na Espanha, ressaltando a importância da independência na gestão das entidades esportivas. No entanto, o governo confia que a nomeação de Del Bosque trará credibilidade ao comitê especial e facilitará a colaboração entre as partes envolvidas. O objetivo é restaurar a reputação da RFEF e garantir um ambiente de governança transparente e ético.
Del Bosque assumirá suas funções na RFEF até a convocação de novas eleições, previstas para ocorrer após as Olimpíadas de Paris de 2024 em agosto. A sua chegada ao cargo é vista como um passo importante para a reconstrução do futebol espanhol, sendo reconhecido não apenas pelos seus feitos esportivos, mas também por sua integridade e valores humanos. Assim, espera-se que sob sua liderança, a RFEF encontre um novo rumo e promova uma gestão exemplar no cenário esportivo nacional.
