Invasão à sede do Incra em Maceió gera discordância entre deputados: manifestação pacífica ou ação ilegal?

Durante a última sessão ordinária da Assembleia Legislativa nesta terça-feira, os deputados Cabo Bebeto, do Partido Liberal, e Ronaldo Medeiros, do Partido dos Trabalhadores, protagonizaram um debate acalorado sobre a ocupação da sede do Incra em Maceió por membros de movimentos sociais agrários.

Cabo Bebeto, em seu discurso, criticou veementemente a invasão, ressaltando o descumprimento da lei 8.986/2023, que prevê punições para quem realiza invasões em propriedades públicas e privadas. O parlamentar incentivou a população a denunciar a situação ao Ministério Público e destacou as dificuldades geradas pela ocupação, como as restrições de passagem na região central da capital alagoana.

Por outro lado, Ronaldo Medeiros defendeu a ação dos manifestantes, comparando-a com os eventos ocorridos na Praça dos Três Poderes em Brasília no início do ano. O deputado petista argumentou que a ocupação no Incra busca promover a reforma agrária, a agricultura familiar e a paz no campo, ressaltando a natureza pacífica e organizada da manifestação.

Medeiros fez questão de diferenciar a ocupação em Maceió das invasões ocorridas em órgãos federais na capital do país, destacando que no Incra não houve depredação nem atos de violência. Ele pontuou a importância do Incra para os trabalhadores rurais e sugeriu que eventuais demandas de mudança fossem encaminhadas ao deputado federal Arthur Lira, responsável pela indicação de gestão do órgão.

O embate entre os deputados revelou diferentes perspectivas sobre a ocupação do Incra em Maceió, evidenciando a complexidade do tema e a necessidade de diálogo e entendimento entre as partes envolvidas. A discussão promete se estender nas próximas sessões da Assembleia Legislativa, enquanto a situação na sede do Incra continua a ser acompanhada de perto pela sociedade e pelas autoridades.

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