O governador do estado, Eduardo Leite, fez um alerta à população dessas áreas atingidas, pedindo que as pessoas deixem suas casas o quanto antes, pois a situação pode se agravar consideravelmente nas próximas horas. A última vez em que o Lago Guaíba atingiu um nível tão alto foi em 1941, quando uma enchente histórica elevou o nível a 4,76 metros.
Para tentar conter os impactos das enchentes, Porto Alegre conta com um sistema de diques e um muro de concreto, conhecido como Muro da Mauá. Esse muro tem três metros de altura e 2,647 quilômetros de comprimento, protegendo o centro da cidade. Os portões já foram fechados para evitar alagamentos nessa região e as autoridades confiam na capacidade do sistema de resposta.
Enquanto isso, no Vale do Taquari, o Rio Taquari já ultrapassou sua cota histórica de 33 metros, gerando preocupações para região. O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, está atento à situação da ponte sobre o rio, que foi coberta pelas águas. Em uma entrevista, ele pediu para que as pessoas em áreas de risco deixem suas residências para garantir a segurança de todos.
Além disso, outros municípios do estado também estão sofrendo com as consequências das chuvas intensas. Prefeitos de diversas cidades, como Santa Maria, Faxinal do Soturno e Muçum, relataram dificuldades com a falta de combustíveis, bloqueios de acessos e isolamento. O pedido de apoio externo se torna essencial nessas horas de crise.
Diante desse cenário de emergência, as autoridades suspenderam as aulas na rede pública estadual e o atendimento em algumas unidades de saúde foi interrompido. A prioridade é salvar vidas e garantir a segurança da população, para então iniciar as ações de reconstrução das áreas afetadas. A solidariedade e o apoio mútuo são fundamentais para enfrentar essa situação crítica e minimizar os danos causados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul.