De acordo com as investigações iniciadas pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do MPF no Rio de Janeiro e pela DPU, após reportagens do Ponte Jornalismo revelarem o conteúdo violento veiculado por policiais em diversos canais do YouTube, é fundamental que o Estado adote medidas disciplinares apropriadas para regular o uso de redes sociais por policiais militares. Além disso, é necessário fiscalizar o uso indevido das plataformas por agentes públicos, uma vez que estão sendo disseminadas postagens com teor violento e discriminatório, incitando a violência e estigmatizando comunidades pobres, negras e periféricas.
Os representantes do MPF e da DPU enfatizam a importância de investigar os eventos relatados nos vídeos e implementar as devidas medidas disciplinares em relação à conduta nos podcasts e videocasts. A falta de ação em relação a esses casos pode permitir que práticas prejudiciais continuem sem consequências, minando a confiança na instituição policial e expondo comunidades a possíveis danos.
Diante disso, foi solicitado à Justiça Federal a exclusão imediata dos trechos mencionados na ação e a adoção de medidas pelo Google para prevenir casos semelhantes no futuro. Também foi pedido que a empresa fiscalize e faça moderação do conteúdo postado em canais específicos, como Copcast, Fala Glauber, Café com a Polícia e Danilsosnider.
Além disso, o MPF e a DPU requereram que o Estado regule o discurso de ódio ou perigoso por membros da Polícia Militar, incluindo-o na Instrução Normativa nº 0234/2023, aplicando medidas disciplinares em relação aos casos já mencionados na ação judicial. Ainda foi solicitada a condenação do Google ao pagamento de indenização de R$ 1 milhão e dos policiais militares a R$ 200 mil por danos morais coletivos.
A reportagem entrou em contato com o Google em busca de posicionamento sobre o caso, no entanto, ainda não obteve resposta.