Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), caso a suspensão da desoneração seja mantida, a passagem de ônibus pode ficar em média R$ 0,31 mais cara em todo o país. Em Maceió, as empresas afirmam que a única forma de evitar esse aumento na tarifa seria através do aumento dos subsídios para o setor por parte da Prefeitura.
Além do impacto financeiro para os passageiros, a reoneração da folha de pagamentos pode acarretar em um aumento de cerca de 0,2% a 0,27% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso se dá pelo peso significativo do transporte público no cálculo da inflação, o que poderia gerar um efeito negativo para toda a sociedade.
O presidente do Sinturb, Guilherme Borges, ressalta que as empresas de transporte público ainda estão se recuperando das perdas causadas pela pandemia e agora enfrentam mais um desafio com a decisão do Governo Federal. Ele enfatiza que esse aumento no valor das tarifas impactará principalmente a população que mais depende desse serviço essencial.
A desoneração da folha do setor de transporte público, em vigor desde 2013, reduziu os custos totais do serviço ao substituir a contribuição previdenciária patronal por uma alíquota sobre o faturamento bruto das operadoras. Essa redução nos custos foi repassada para as tarifas públicas ao longo dos últimos anos, beneficiando os passageiros e contribuindo para o controle da inflação.
No entanto, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida pela reoneração imediata da folha, os benefícios conquistados ao longo da última década podem ser revertidos, trazendo impactos econômicos para os usuários do transporte público em Maceió e em todo o Brasil. A discussão sobre esse tema segue em pauta, enquanto a população aguarda por uma definição que possa minimizar os impactos financeiros nas tarifas de ônibus.
