A realidade dos catadores de materiais recicláveis em Maceió passou por uma transformação significativa ao longo das últimas décadas. Antes, muitos deles viviam no Lixão da cidade, enfrentando condições precárias de trabalho e exposição a diversos riscos. No entanto, com o avanço da coleta seletiva e o fechamento do Lixão por determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a situação dos recicladores melhorou significativamente.
Uma das beneficiadas por essa mudança é Clesinalda Digno Ribeiro, que trabalhava no antigo Lixão de Jacarecica e hoje faz parte da Cooperativa de Recicladores de Lixo Urbano de Maceió (Cooplum). Antes, a renda dos cooperados variava entre R$ 40 e R$ 100, mas com a contratação das cooperativas pela Prefeitura de Maceió para executar a coleta seletiva, a situação mudou. Atualmente, os profissionais recebem uma remuneração digna, maior até do que um salário mínimo.
Sandra Oliveira, tesoureira e cooperada da Cooplum, destaca a importância da contratação da Prefeitura para a coleta seletiva e para os recicladores. Ela ressalta que o estímulo do poder público tem promovido uma melhora na quantidade de recicláveis coletados e, consequentemente, elevado a renda dos cooperados. Além disso, as ações de educação ambiental da Autarquia de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana contribuem para conscientizar a população sobre a importância da separação correta dos resíduos.
A coleta seletiva em Maceió possibilitou o recolhimento de 1.765 toneladas de recicláveis apenas no ano passado, com a atuação de cinco cooperativas na cidade. A garrafa PET é um dos materiais mais rentáveis e viáveis para a reciclagem, mas ainda é preciso melhorar a forma como o material é entregue, evitando resíduos misturados que dificultam o trabalho dos recicladores.
Para saber mais sobre a coleta seletiva em Maceió, a Prefeitura disponibiliza em seu site os contatos das cooperativas, a lista do material que pode ser reciclado e os endereços dos Pontos de Entrega Voluntária. Com o apoio do poder público e a conscientização da população, a coleta seletiva segue avançando e transformando a realidade dos recicladores na capital alagoana.
