Segundo Patricia Brito, o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos é um espaço simbólico carregado de significados sociais e culturais, tornando-o ideal para explorar a temática proposta pela exposição. Ela destacou a importância de levar a discussão sobre o cubo preto como um símbolo de resistência e resgate, em contraste com o tradicional cubo branco das galerias e museus convencionais.
Embora o trabalho exposto tenha um foco racial e de gênero, a curadora ressaltou que o título específico do eixo expositivo pode gerar debates sobre a questão racial, que é justamente a intenção da Bienal Black. A exposição busca dar visibilidade a artistas emergentes, especialmente mulheres, embora neste último eixo a maioria dos trabalhos exibidos pertençam a artistas do sexo masculino.
Além das obras de arte, a 3ª Bienal Black oferecerá uma ampla programação de atividades, incluindo palestras, oficinas, sessões de autógrafos, saraus e rodas de samba. A exposição conta com mais de 270 trabalhos de 225 artistas do Brasil e do exterior, distribuídos em diferentes espaços na cidade do Rio de Janeiro, Niterói e também com programação virtual.
A Bienal Black é organizada e produzida pelo Instituto Black Brazil Art, com financiamento através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). O Grupo Carrefour Brasil é o patrocinador do evento, que conta com o apoio da prefeitura do Rio de Janeiro e da Secretaria Municipal de Cultura.
