Para marcar as festividades, a artista visual Fátima Farkas apresentará a exposição “Será o Benedito?”, com curadoria de Mauro Trindade. Além disso, está programado o lançamento de três livros, o evento “Samba no Museu” e uma degustação de gastronomia afrobrasileira com Tia Mara.
As atividades em comemoração aos aniversários do IPN se estendem ao longo do ano, incluindo mais de mil circuitos históricos gratuitos de território de herança africana e mais de 43 oficinas online com temática afrocentrada. Os circuitos abrangem desde quilombolas até educação antirracista para professores, atendendo escolas públicas do estado.
O Cemitério dos Pretos Novos, descoberto em 1996, foi palco do sepultamento de entre 20 mil e 30 mil escravos que faleciam após a chegada dos navios na Baía de Guanabara. O local é um marco histórico que evidencia a brutalidade da escravidão no Brasil, com grande parte das pessoas ali enterradas sendo mulheres tratadas como mercadoria e reprodutoras.
A exposição “Será o Benedito?” traz à tona personagens históricos marcantes das lutas raciais, utilizando retratos fotográficos de negros para reconstruir a memória de figuras esquecidas. A artista Fátima Farkas denuncia o apagamento histórico ao retratar rostos substituídos por vegetação ou vazio branco, simbolizando o desaparecimento de corpos e vidas.
A mostra poderá ser visitada no Instituto Pretos Novos até 20 de julho, relembrando a importância da preservação da memória e da história dos africanos escravizados no Brasil.
