BRASIL – MPF pede cassação de governador, vice e presidente da Alerj por abuso de poder e irregularidades em folhas de pagamento.

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro apresentou uma solicitação nesta segunda-feira (6) para cassar o governador Cláudio Castro, o vice-governador Thiago Pampolha e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar. A acusação é de abuso de poder político e econômico, juntamente com irregularidades nas folhas de pagamento do Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Fundação Ceperj) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em 2022.

A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-RJ) também solicitou a inelegibilidade de Castro e Bacellar por oito anos a partir das eleições de 2022. Já Thiago Pampolha não teve a mesma solicitação, pois entrou na chapa de Castro pouco antes das eleições. Segundo o documento apresentado, que possui 117 páginas, a procuradora regional eleitoral Neide Cardoso de Oliveira e o procurador regional eleitoral substituto Flávio Paixão argumentam que há evidências de uso eleitoral da máquina pública e de servidores temporários como cabo eleitoral.

Os procuradores afirmam que foi montado um esquema com o objetivo de utilizar a máquina pública estadual em favor dos investigados, direcionando recursos públicos para promover suas candidaturas e conquistar votos nas eleições. Além disso, apontam que a Fundação Ceperj e a Uerj foram envolvidas nesse esquema, recrutando cidadãos fluminenses para apoiar os candidatos.

A procuradoria também pediu a inelegibilidade de seis outros investigados, incluindo políticos e gestores públicos, por oito anos. Eles teriam usado a estrutura do Estado para obter vantagens eleitorais. Em sua defesa, o governador Cláudio Castro destacou que vem cooperando com os órgãos de controle, e determinou o fim dos projetos da Fundação Ceperj, que está passando por reestruturação. O presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, se defendeu afirmando que as acusações são baseadas em reportagens e não há provas contra ele.

Diante dessas acusações, o desfecho desse caso dependerá da Justiça Eleitoral que avaliará as evidências apresentadas pelo Ministério Público Federal. Os réus, incluindo políticos e gestores públicos, terão a oportunidade de se defender e apresentar suas versões dos acontecimentos. A decisão final definirá o rumo político no estado do Rio de Janeiro e impactará o cenário eleitoral no futuro.

Botão Voltar ao topo