BRASIL – Rio Grande do Sul deixa de cumprir plano de recuperação fiscal por 30 dias devido a calamidade pública em 336 municípios.

O Rio Grande do Sul, que está em plano de recuperação fiscal desde 2022, enfrentará um período de 30 dias em que não conseguirá cumprir as exigências do plano, de acordo com a decisão tomada nesta terça-feira (7) pelo Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal do estado. A medida, que pode ser prorrogada se necessário, foi aprovada por unanimidade, devido ao estado de calamidade pública decretado em 336 municípios.

O acordo do regime de recuperação fiscal foi fechado em junho de 2022 e impôs uma série de condições para que o estado refinanciasse sua dívida com a União, em troca de medidas de ajuste fiscal, como reformas para reduzir os gastos locais e desestatizações. Antes das enchentes atingirem o estado, o governador Eduardo Leite estava em processo de renegociação do regime com o Ministério da Fazenda.

Além da suspensão do plano de recuperação, o governo federal planeja interromper o pagamento das dívidas do governo gaúcho com a União até o final do ano. O senador Paulo Paim afirmou que conversou sobre o assunto com o ministro Fernando Haddad e ressaltou a importância dessa decisão diante de uma dívida considerada impagável no valor de R$ 92 bilhões.

Em outra frente, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) também agiu nesta terça-feira, suspendendo por 90 dias a cobrança de dívidas e ações executivas para os devedores residentes nos municípios atingidos. O vencimento das dívidas previsto para abril, maio e junho foi adiado para julho, agosto e setembro, em resposta aos impactos das enchentes.

Essas ações emergenciais têm o objetivo de amenizar a situação financeira do estado diante dos desafios enfrentados recentemente e garantir um ambiente mais favorável para a recuperação econômica do Rio Grande do Sul. Soma-se a isso a suspensão da cobrança de dívidas pelo Banco Central, que oferece um alívio temporário para os devedores residentes no estado.

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