Antes do desastre natural, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) previa um aumento de 46,4% na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas no Rio Grande do Sul em comparação ao ano anterior. Isso colocaria o estado bem próximo do Paraná, representando 13,3% do total nacional. Setores como o arroz e a soja são de extrema importância para a economia gaúcha, com 70% da produção nacional de arroz vindo do estado e a soja representando 8,4% em 2023, podendo chegar a 14,8% este ano.
Além disso, o Rio Grande do Sul se destaca na pecuária, ocupando posições de destaque no abate de frangos, suínos, produção de ovos e leite. Contudo, os estragos causados pelas fortes chuvas geram incertezas quanto ao impacto total na produção agropecuária do estado.
Regiões como o litoral, central e norte foram duramente afetadas, com perdas significativas de lavouras, animais e infraestrutura. A estimativa de prejuízos ainda não está completa, mas já se prevê que a qualidade e quantidade da safra de grãos como soja e milho serão comprometidas, afetando a economia local.
O setor agropecuário gaúcho clama por apoio do governo para lidar com os estragos, pedindo prorrogação de parcelas de custeio, investimento e crédito para reconstrução das estruturas produtivas. O Ministério da Agricultura anunciou a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz para evitar especulações de preços e garantir o abastecimento em regiões mais afetadas.
Apesar dos desafios, tanto representantes do setor quanto autoridades acreditam que, com medidas adequadas e apoio mútuo, a produção agropecuária do Rio Grande do Sul conseguirá se recuperar dos impactos das chuvas e continuar contribuindo de forma significativa para o abastecimento nacional.
