Em seu último comunicado, emitido ao final de março, o Copom havia informado que todos os diretores do BC e o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, haviam previsto por unanimidade um corte de 0,5 ponto percentual na reunião de maio. No entanto, as instabilidades no mercado financeiro global desde então dificultaram a previsão concreta para este encontro.
Durante sua participação na reunião do G20 em abril, Campos Neto declarou que a decisão do Copom dependeria do nível de incerteza na economia global. Segundo a última edição do boletim Focus, uma pesquisa semanal com analistas de mercado, a expectativa era de um corte de 0,25 ponto percentual na Selic. Anteriormente, previa-se um corte de 0,5 ponto.
Atualmente, a taxa básica de juros está em 10,75% ao ano e é utilizada nas negociações de títulos públicos no Selic, servindo de referência para outras taxas econômicas. A redução da Selic pode resultar em crédito mais barato, estimulando a atividade econômica e impactando os preços.
A inflação também é um fator importante a ser considerado pelo Copom. Com a perspectiva de inflação dentro da meta estabelecida para 2024, a decisão do Comitê tem o desafio de equilibrar a redução da inflação com o estímulo ao crescimento econômico. A decisão final será anunciada ao fim do dia, após as análises técnicas e discussões realizadas durante o encontro do Copom.