BRASIL – Decisão do Copom de reduzir Selic recebe críticas de políticos e setor produtivo por prejudicar recuperação econômica.

O Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu nesta semana ao anunciar a redução de 0,25 ponto percentual na Taxa Selic, os juros básicos da economia. Essa decisão gerou uma onda de críticas por parte de políticos e do setor produtivo, que argumentam que a diminuição do ritmo de cortes pode prejudicar a recuperação econômica do país.

A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffman (PR), usou as redes sociais para expressar sua insatisfação com a decisão do Copom. Em sua postagem, ela classificou a diminuição dos juros em apenas 0,25 ponto como um “crime contra o país”, alegando que não há fundamentos econômicos para isso. Hoffman também criticou a autonomia do Banco Central (BC) e a permanência de membros indicados pelo governo anterior.

Por outro lado, o setor produtivo, representado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), também se mostrou descontente com a decisão do Copom. Ambas as entidades argumentaram que a redução dos juros não condiz com o cenário atual de inflação controlada e desaceleração econômica.

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) ressaltou que fatores internacionais, como o atraso na diminuição dos juros nos Estados Unidos, influenciaram a decisão do Copom. Enquanto isso, as centrais sindicais, como a CUT e a Força Sindical, criticaram a desaceleração da queda da Selic, alegando que os juros altos impactam negativamente no desenvolvimento do país.

Diante de todas essas reações, a decisão do Copom de reduzir os juros básicos da economia em apenas 0,25 ponto percentual provoca um intenso debate sobre os rumos da política monetária no Brasil. Enquanto alguns acreditam que a medida pode beneficiar os rentistas e especuladores, outros argumentam que ela pode comprometer o crescimento econômico e a geração de empregos no país. Resta agora aguardar os próximos movimentos do Banco Central e como a economia reagirá a essa mudança.

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